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RELÓGIO DIGITAL

terça-feira, 10 de julho de 2012

Oração pela Messe

Oração pela Messe 
Padre Zezinho,scj 

Poucos os operários, poucos trabalhadores 
e a fome do povo aumenta mais e mais. 
És o Senhor da messe,
ouve esta nossa prece, 
põe sangue novo nas veias da tua Igreja. 

1. Falta pão porque falta trigo. 
Falta trigo porque não semeiam 
e faltam semeadores porque ninguém foi lá fora chamar. 
Falta fé porque não se ouve. 
Não se ouve porque não se fala 
e falta esse jeito novo de levar luz e de profetizar. 

2. Falta gente pra ir ao povo, 
descobrir porque o povo se cala. 
Pastores e animadores pra incentivar o teu povo a falar. 
Falta luz porque não se acende. 
Não se acende porque faltam sonhos 
e falta esse jeito novo de levar luz e falar de Jesus. 

CD Fazedores da paz, Pe. Zezinho, scj - Paulinas COMEP 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bênçãos altamente seletivas Pe. Zezinho, scj

 
Bênçãos altamente seletivas 
Pe. Zezinho, scj 


 Abordo um tema relativamente frequente nesses dias de padre famosos. Falo da bênção especial de alguns sacerdotes em detrimento da bênção sacerdotal dada pela Igreja, na pessoa de qualquer um dos seus sacerdotes. Criou-se entre alguns fieis a ideia de que a bênção de um padre famoso vale mais do que a bênção de um bispo ou do que a bênção de outro. Falo do que aconteceu comigo e imagino que aconteça com outros sacerdotes mais conhecidos do que os demais. Lembro que mais conhecido não significa mais culto, nem mais sábio nem mais santo! 

Alguns desses fieis chegam a afirmar que um sacerdote famoso tem bênção mais forte e mais poderosa do que a de um sacerdote anônimo. Já o disseram a mim! Explico que não é assim, mas insistem que assim é que é. Atribuem mais poder de bênção a quem tem mais poder de fogo, mais publicidade e mais divulgação. Nada mais errado! 

Eu havia chegado cansado, com taxa alta de diabetes e pressão elevada a uma cidade onde deveria celebrar missa e, mais tarde, dar um show. Já faz tempo que deixei de ser um jovenzinho! Uma senhora me procurou pedindo que eu fosse ao hospital abençoar a sua mãe. Acreditava que minha bênção a curaria mais depressa. Perguntei-lhe se o pároco já havia visitado sua mãe. Disse que sim. Perguntei-lhe se algum outro sacerdote tinha estado com ela. Sim, um diácono e outros dois. E respondi serenamente: - 

-Então, a senhora não precisa que eu vá. Se o sacerdote, que é seu pároco, já foi e se diácono e sacerdotes abençoaram sua mãe, ela está mais que abençoada, porque a bênção não é do padre: é da Igreja.Ela está abençoada. Eu tenho a missa das 19h para celebrar, tenho um problema de saúde no momento e tenho um show logo após a missa. Peço-lhe que me liberte deste compromisso, até porque eu não poderia fazer mais do que estes piedosos e bons sacerdotes já fizeram. 

Ela não aceitou. Disse aos amigos e amigas que eu me recusara a ir ver uma enferma. Evidentemente, não explicou as razões. Isto revela uma dimensão da falta de catequese entre os católicos de hoje. Quando alguém acha que um padre famoso dará uma bênção melhor do que seu padre não tão famoso é porque não recebeu catequese adequada. Bênção de pároco pelo seu testemunho de pastor presente, talvez seja mais profunda do que bênção de padre famoso e de passagem. São, talvez, os mesmos fieis que acham que, no céu, há santos que podem mais que os outros e que existem orações de poder mais poderosas do que outras orações. Esquecem aquele que pede com santidade e humildade, mas não é tão famoso como o padre que fala na televisão. Como tenho o hábito de ensinar catequese sempre que posso, ensinei àquela senhora a catequese oficial da Igreja, mas ela tomou minha decisão como falta de amor ao próximo. E não adiantou eu prometer que iria no dia seguinte antes de viajar. Não aceitou! Fiz uma inimiga! Pensou nela, na sua mãe e na bênção de um padre famoso, quando, um dia antes, o pároco e três outros ministros tinham estado lá. Temos um longo caminho de catequese a percorrer na Igreja que se deixou envolver pelo poder da mídia...Nós padres de mídia temos muita catequese a dar ao povo que nos aplaude! Não estamos com essa bola toda! 


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Interpretar não é adaptar - Pe. Zezinho, scj

Interpretar não é adaptar 
Pe. Zezinho, scj 

Chega a ser preocupante o modo como alguns pregadores forçam determinadas passagens bíblicas para aplicá-las ao dia de hoje. Sem dúvida alguma todas as igrejas cristãs devem se basear nos ensinamentos bíblicos para o seu cotidiano. Podemos tirar inúmeras lições do passado e dos acontecimentos que marcaram a vida daqueles povos, mas não é certo, não é justo e não é honesto pegar passagens bíblicas e aplicar, sem mais nem menos, aos personagens de hoje. 

Por isso foi longe demais aquele pregador entusiasmado que garantiu que Sadam Hussein era o Nabucodosor moderno e que aquele buraco onde ele estava escondido correspondia a determinada passagem bíblica, que a loucura de Nabucodonosor, que pastava e comia grama, equivalia a loucura de Sadam Hussein quando foi encontrado. A pregação era nitidamente pró-americana. Deveria ter dado um predecessor a George Bush. 

Para quem quer adaptar a Bíblia ao seu pensamento qualquer passagem pode ser útil e qualquer fato de hoje pode ser ajustado ao fato da Bíblia. A imaginação humana não tem limites, mas daí a dizer que o profeta Isaías queria se referir a tanques, bombas atômicas, ao computador, aos moderníssimos aviões e aos raio lazer é muita ousadia. (Is 66,15) Muito provavelmente o profeta Isaías jamais pensou nessas coisas. Estava falando em linguagem figurada para os povos do seu tempo. Procuremos entender isso e compreenderemos melhor porque se deve ler a Bíblia. Ela é o passado que nos inspira, mas do presente precisamos cuidar com outros conhecimentos mais atualizados, porque as dores do nosso tempo certamente trarão outras profecias. Sem jamais esquecer a Bíblia, saibamos falar de coisas reais, mesmo que não haja passagens bíblicas para fundamentá-las. A Bíblia não disse e não diz tudo. 

A maioria dos exegetas sérios de todas as igrejas desaconselha esse tipo de adaptação dos textos bíblicos. Com um pouquinho de esforço alguém poderia dizer que aqueles israelitas que comeram carne de codornizes, pássaros que, aos milhares vieram morrer no acampamento dos israelitas, por terem pedido carne a Moises, foram castigados com a gripe aviária. Já que muitos morreram da ingestão daquela carne. 

Naquele tempo, dadas as precárias condições de higiene, é fácil imaginar que muitos apanharam doença por falta de cuidados e de limpeza. No deserto não havia geladeira. Quem quiser ficar com a versão da gripe aviária, provavelmente ficará. Vai parecer mais atual, mais moderno e mais sensacional, mas dificilmente bate com os fatos. Pregadores que acham para tudo uma passagem e uma frase da Bíblia lembram o radialista fanático por Shakespeare que, sempre que desejava mostrar alguma erudição citava uma frase e a atribuía a uma das peças de Shakespeare. Um dia alguém lhe pediu que indicasse o livro e a peça. O radialista saiu-se com essa: -Se não foi ele quem disse, é bem do estilo dele! Consertou, mas não resolveu. 

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Os infelizes - Pe. Zezinho, scj

Os infelizes 
Pe. Zezinho, scj 
 


Há infelizes que não fizeram por merecer sua infelicidade. Não eram e não são maus. Há os que a merecem: cuspiram no prato que comiam. Mas isso de ser feliz não é tão simples nem é tão mágico. Também não é tão difícil. 

Há mistério nisso. Muitos queriam ser felizes e o são. Muitos queriam e não são. Não se sabe de ninguém que tenha orado a Deus pela graça de ser infeliz. Felicidade é o que todos buscamos. Ela consiste num grau suficiente de satisfação e na descoberta do bastante. É nesse bastante que muitos naufragam. Quando o "mais" se torna "demais" a infelicidade começa a se manifestar. Quando o suficiente começa a parecer "menos" é quando, também, o indivíduo começa a ser infeliz. 

O problema não está, pois, no desejo: está na busca. Há quem busque de maneira factível e quem busque de maneira errada, portanto impossível. Bebida demais, comida demais, dinheiro demais, sucesso demais, projetos demais, conforto demais, tudo isso acaba em saturação e a saturação está longe de ser satisfação, posto que o satisfeito sabe que deve parar; enquanto que o saturado quer mais, mas não tem mais espaço para este mais que ele quer. Acaba insatisfeito. 

O mundo tem bilhões de pessoas plenas e satisfeitas. Não querem mais do que possuem nem pretendem ser muito mais do que são. Vovós e vovôs felizes não querem outra coisa além da família que criaram, o conforto do lar que construíram e alguns encontros com amigos e familiares. Não se iludem com isso de ter mais. Chegaram ao bastante e ao suficiente. Vale dizer: ficaram sábios. 

O ganancioso, o desesperado por dinheiro, o que não reparte, o que acumula, o que compra o que não precisa, o que precisa ter a mais recente novidade, o que devora e consome o melhor do melhor, o que não hesita em pisar e roubar para ter o que deseja pôs a sua felicidade no ter mais. Não lhe sobra espaço para ser mais. Faz um vale-tudo para chegar ao topo. Ma todo o topo termina em descida. Não admitindo descer, a infelicidade aparece, agora sem disfarce e sem amenidade. 

Amigos tentam prevenir, mas não são ouvidos. Familiares tentam orientar, mas ele não ouve. Quer, porque quer, porque quer! Sabe, porque sabe, porque sabe! Ouve, mas não escuta. Para ter o que deseja faz o que acha preciso: vira traidor, assaltante ou quadrilheiro: rouba, desvia, engana, assalta, sobe o preço, mente mas quer aquele dinheiro, aquele lucro, aquele lugar , aquele posto. Se algo não dá certo acha alguns culpados; ele mesmo, nunca! É infelicidade solidamente construída. Não veio por acaso! 

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http://www.paulinas.org.br/diafeliz/mensagem.aspx?Data=2/7/2010&MensagemID=1445

Canções que nada dizem - Pe. Zezinho, scj


Canções que nada dizem 

Pe. Zezinho, scj 


 Não há canções que nada dizem. Alguma coisa elas dizem, para quem as compôs, para quem as canta e para quem as repete. Podem não dizer nada para mim e pra você que temos outros gostos, outra cultura, outra fé e outras informações. Também não gostamos de certos sucos, certos alimentos e certas bebidas. Outros gostam! Se fazem bem ou mal, depende de cada organismo. A nós talvez não façam bem. Não digerimos como eles digerem! 

Diga-se o mesmo de sambas, rocks e marchas, de ritmos de ontem, da música Disco, ou de como Beatles, Abba, Michael Jackson e Madonna. Há quem goste e detecte uma mensagem onde não detectamos. Rap, reggae, afro, clássico, hip hop são gêneros que dizem algo a algum grupo. Mas se quiserem trazê-lo para a liturgia é hora de enfrentá-los. Se nos enfrentam, sejam enfrentados! 

Porque, uma coisa é a música que nos agrada e outra, a música de igreja que por definição não nos pertence. Um compositor de música religiosa supostamente é chamado a servir à catequese da sua igreja. Então, sua canção não pode servir apenas a um movimento, nem a uma só linha de espiritualidade. Se for o caso, não a cante numa missa onde há outros grupos, ou em qualquer encontro, pois seria impor sua maneira de pensar aos demais. A música religiosa tem que dizer o que a Igreja espera que seja dito em seus cultos e concentrações. Nem mesmo a letra nos pertencerá. Por isso, alguém mais abalizado precisa opinar sobre o que cantamos para todos os católicos. 

O recado serve para músicos franciscanos, salesianos, dehonianos, da RCC, ou vicentinos. Há canções típicas de nossa linha de espiritualidade, cantáveis em nossos lugares de oração. Há outras, mais abrangentes, feitas para todos os católicos. Precisam transmitir a catequese de todos. Estas tem outro destino. 

Leio algumas letras não religiosas e outras religiosas. Duas delas dizem egocentricamente: -"Preciso de um alguém que me dê o seu amor, que seja só para mim e que me faça feliz. Quero o amor mais sincero do jeito que eu o quero/do jeito que eu sempre quis E então eu serei feliz". 

"Hei de amar somente a Deus, o resto pra mim é nada. Só a Deus eu amarei." 

Uma Igreja cristã não pode assinar em baixo dessas duas canções, nem cantá-las porque são egoístas. Os autores pensaram apenas em si ao escrevê-las. Esqueceram que seriam cantadas para outras pessoas. No seu bojo tais canções traem fechamento. São dois gritos egoístas, ainda que uma delas seja supostamente religiosa. Falta nelas o essencial do que se entende por amor cristão: o amor ao próximo e nosso dever de também amá-lo. 

Canções sempre dizem alguma coisa, mas canções religiosas não podem negar o catecismo. Por natureza, estão sujeitas à censura. Se uma palavra dela nega uma doutrina, a autoridade mande corrigi-la, cantar diferente ou, simplesmente, não mais cantá-la. Não basta ser bonita e fazer bem à banda que a executa. Tem que ser mensagem da Igreja. Se alguém insiste nela, já que fundou uma banda, funde também sua própria igreja! Mas, então, não a considere igreja cristã... 

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Devoção ao Cristo em pedaços

Pe. Zezinho, scj 

Poucos se dão conta, mas existe uma devoção ao Cristo esquartejado. Quando oramos às partes de Jesus, como se elas existissem independentes dele, perdemos de vista a verdadeira adoração. Santas mãos, santos pés, santo lado, santas chagas, santa cabeça de Jesus... 
Não é nada incomum ouvir católicos orando às partes de Jesus como se elas fossem uma coisa à parte dele. Ó mãos feridas, ó pés transpassados ó cabeça ferida de Cristo... Que tal se orassem: Ó Cristo de mãos ensangüentadas! Ó Cristo de face em sangue. Ó Cristo de coração transpassado. Ó Jesus cujo coração pulsou por nós!... 
Orando aos joelhos esfolados, aos pés transpassados estamos esquartejando Jesus. Se não for esta a intenção , então expliquemos e reformulemos nossa maneira de orar. Você não fala com as mãos de sua mãe, nem com os ombros do seu pai! 
Eu mesmo orava ao Sagrado Coração de Jesus. Fiz a reflexão e optei por seguir a catequese católica em plenitude. Agora eu oro a Jesus dizendo: - Oh Jesus cujo o coração foi transpassado por mim, Oh Jesus vosso sagrado coração bateu por nós. E aconselho outros católicos a orarem: Oh Jesus cujas mãos ensangüentadas traduzem o vosso sofrimento por nós! Abandonei a devoção às partes do Cristo. Quero o Cristo pleno e total. 

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